Aspectos atuais no tratamento da Doença Ulcerosa Péptica

Autores

  • Luiza Barbosa Brandão Universidade de Vassouras
  • Aline Pereira Barbalho
  • Alana Rocha de Oliveira
  • Márcio Alexandre Terra Passos
  • Nilson Chaves Junior
  • Ana Claudia Zon Filippi

DOI:

https://doi.org/10.21727/rs.v10i1Sup.1710

Palavras-chave:

Úlcera péptica, Bomba de prótons, Tratamento, Inibidor de bomba de prótons.

Resumo

A úlcera péptica (UP) é uma lesão do trato digestivo desencadeada por um desequilíbrio entre os fatores agressores e protetores da mucosa, resultando em dano causado pela hipersecreção ácida. Logo, o inibidor de bomba de prótons (IBP) é o medicamento mais indicado para promover uma cicatrização mais rápida da úlcera. Embora haja diferenças farmacocinéticas, todos os representantes dessa classe são efetivos, reduzindo até 95% a produção diária de ácido gástrico. Este trabalho objetiva abordar os aspectos atuais do tratamento da UP, evidenciando a eficácia dos IBPs e de outras novas terapias que serão discutidas ao longo deste artigo. Realizou-se uma revisão sistemática de literatura por meio de consultas ao Trip Database com os descritores: “doença ulcerosa péptica”,“inibidor de bomba de prótons” e “tratamento da úlcera péptica” sendo analisados 24 artigos. Foram escolhidos apenas os estudos de maior relevância científica e força de evidência. Apesar das diferenças ou vantagens farmacocinéticas, todos os IBPs inibem fortemente a secreção de ácido gástrico, não demonstrando diferenças terapêuticas significativas entre si. Esta classe farmacológica é superior aos antagonistas H2,pois bloqueiam a etapa final da secreção ácida. Surge ainda uma nova opção terapêutica: o Vonoprazan, inibidor do potássio na bomba de prótons. Tal droga é recente e estudos comprovam sua importante eficácia na supressão ácida, que é mais potente e sustentada quando comparada ao IBP. O IBP é a opção de escolha atual para o tratamento da úlcera péptica, contudo, o Vonoprazan mostra-se também eficaz, sendo uma alternativa clinicamente útil às doenças ocasionadas pela hiperacidez gástrica.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Lanas, A. and Chan, F. (2017). Peptic ulcer disease. [ebook] Zaragoza: Lancet, pp.613 a 615. Available at: http://www.tripdatabase.com [Accessed 20 May 2018].

Alves de Freitas, J. and Praciano Lima, L. (n.d.). AVALIAÇÃO DA EFICÁCIA, SEGURANÇA E TOLERABILIDADE DE RABEPRAZOL NO TRATAMENTO DE DOENÇAS ÁCIDO-PÉPTICAS. 39th ed. [ebook] Catanduva, SP, pp.61-64. Available at: http://www.tripdatabase.com [Accessed 20 May 2018].

SACHS, G. (2006). Review article: the clinical pharmacology of proton pump inhibitors. 23rd ed. [ebook] Los Angeles: Blackwell Publishing Ltd, pp.3-7. Available at: http://tripdatabase.com [Accessed 25 May 2018].

Wannmacher, L. (n.d.). Inibidores da bomba de prótons: Indicações racionais. 2nd ed. Brasília: ISSN, pp.1 a 4.

Sakurai, Y., Mori, Y. and Okamoto, H. (2015). Acid-inhibitory effects of vonoprazan 20 mg compared with esomeprazole 20 mg or rabeprazole 10 mg in healthy adult male subjects - a randomised open-label cross-over study. 42nd ed. [ebook] Fukuoka, Japan, pp.720-727. Available at: http://www.tripdatabase.com [Accessed 25 May 2018]

Kagami, T., Sahara, S., Ichikawa, H. and Uotani, T. (2016). Potent acid inhibition by vonoprazan in comparison with esomeprazole, with reference to CYP2C19 genotype. 43rd ed. Hamamatsu: Alimentary Pharmacology and Therapeutics, pp.1048,1049 and 1052-1055.

Peterson, K. (2016). Intravenous Proton Pump Inhibitors for Bleeding Peptic Ulcer: What is the Most Cost-Effective Approach?. [ebook] Florida: TheAmerican Journal of GASTROENTEROLOGY, p.1399. Available at: http://www.tripdatabase.com [Accessed 2 May 2018].

Alhazzani, W. (2013). Proton Pump Inhibitors Versus Histamine 2 Receptor Antagonists for Stress Ulcer Prophylaxis in Critically Ill Patients: A Systematic Review and Meta-Analysis. Hamilton: Copyright, pp.701,703,704.

Echizen, H. (2015). The First-in-Class Potassium-Competitive Acid Blocker, Vonoprazan Fumarate: Pharmacokinetic and Pharmacodynamic Considerations. [online] Springer link. Available at: https://link.springer.com/article/10.1007/s40262-015-0326-7 [Accessed 20 May 2018].

Murakami, K. (2016). Vonoprazan, a novel potassium-competitive acid blocker, as a component offirst-line and second-line triple therapy for Helicobacter pylorieradication: a phase III, randomised, double-blind study. [ebook] Gut Online First, pp.1-5. Available at: http://www.tripdatabase.com [Accessed 15 May 2018].

Mette, K. (2016). Stress ulcer prophylaxis with a proton pump inhibitor versus placebo in critically ill patients (SUP-ICU trial): study protocol for a randomised controlled trial. 17th ed. Copenhagen, p.6.

Dalcin VOMERO, N. and COLPO, E. (2014). CUIDADOS NUTRICIONAIS NA ÚLCERA PÉPTICA. 27th ed. [ebook] Santa Maria, RS: ABCD, pp.298, 299. Available at: http://www.tripdatabase.com [Accessed 2 May 2018].

SK, L. (n.d.). Pathogenesis and pathophysiology of duodenal ulcer.. [online] Ncbi.nlm.nih.gov. Available at: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/6378445 [Accessed 2 May 2018].

Marques Cirne Machado Carvalho, M. (2013). Úlcera péptica: Etiopatogenia, diagnóstico, aspetos clínicos e tratamento. [ebook] Porto. Available at: http://tripdatabase.com [Accessed 30 Apr. 2018].

Picoli Braga, M., de Bona da Silva, C. and Inês Horn Adams, A. (n.d.). Inibidores da bomba de prótons: Revisão e análise farmacoeconômica. [ebook] Santa Maria, pp.20-24. Available at: http://www.tripdatabase.com [Accessed 20 May 2018].

Schroeter, G. (n.d.). ESTUDO DE UTILIZAÇÃO DE ANTI-ULCEROSOS NA POPULAÇÃO IDOSA DE PORTO ALEGRE, RS, BRASIL. 28th ed. Porto Alegre: HCPA, pp.90-92.

Comparative effectiveness of proton pump inhibitors. (2016). [ebook] Vancouver: Therapeutics letter, pp.1 - 2. Available at: http://www.tripdatabase.com [Accessed 25 May 2018].

Hoefler, R. and Ferreira Leite, B. (2009). Segurança do uso contínuo de inibidores da bomba de prótons. 2nd ed. [ebook] pp.1 e 2. Available at: http://www.tripdatabase.com [Accessed 20 May 2018].

Jones, D., Howden, C., Burget, D., Kerr, G. and Hunt, R. (2017). Acid suppression in duodenal ulcer: a meta-analysis to define optimal dosing with antisecretory drugs. [ebook] Hamilton, pp.1122-1124. Available at: http://www.tripdatabase.com [Accessed 2 May 2018].

Mermelstein, J., Chait Mermelstein, A. and M Chait, M. (2016). Proton pump inhibitors for the treatment of patients with erosive esophagitis and gastroesophageal reflux disease: current evidence and safety of dexlansoprazole. 9th ed. [ebook] New York, pp.164-165. Available at: http://www.tripdatabase.com [Accessed 20 May 2018].

Kirchheiner, J., Glatt, S., Fuhr, U., Klotz, U., Meineke, I., Seufferlein, T. and Brockmöller, J. (2008). Relative potency of proton-pump inhibitors—comparison of effects on intragastric pH.European Journal of Clinical Pharmacology, 65(1), pp.19-31.

Celebi, A., Aydin, D., Kocaman, O., Konduk, B., Senturk, O. and Hulagu, S. (2016). Comparison of the effects of esomeprazole 40 mg, rabeprazole 20 mg, lansoprazole 30 mg, and pantoprazole 40 mg on intragastrıc pH in extensive metabolizer patients with gastroesophageal reflux disease. The Turkish Journal of Gastroenterology, 27(5), pp.408-414.

Inatomi, N., Matsukawa, J., Sakurai, Y. and Otake, K. (2016). Potassium-competitive acid blockers: Advanced therapeutic option for acid-related diseases. Pharmacology & Therapeutics, 168, pp.12-22.

Miwa, H., Uedo, N., Watari, J., Mori, Y., Sakurai, Y., Takanami, Y., Nishimura, A., Tatsumi, T. and Sakaki, N. (2016). Randomised clinical trial: efficacy and safety of vonoprazan vs. lansoprazole in patients with gastric or duodenal ulcers - results from two phase 3, non-inferiority randomised controlled trials. Alimentary Pharmacology & Therapeutics, 45(2), pp.240-252.

Downloads

Publicado

2019-04-12

Como Citar

Brandão, L. B., Barbalho, A. P., de Oliveira, A. R., Terra Passos, M. A., Junior, N. C., & Filippi, A. C. Z. (2019). Aspectos atuais no tratamento da Doença Ulcerosa Péptica. Revista De Saúde, 10(1Sup), 03–07. https://doi.org/10.21727/rs.v10i1Sup.1710

Edição

Seção

Medicina