@article{de Abreu_Marins_Gomes_2017, title={Pneumoperitôneo progressivo no preparto de Herniorrafia ventral complexa}, volume={8}, url={http://editora.universidadedevassouras.edu.br/index.php/RS/article/view/1063}, abstractNote={Hérnias ventrais complexas não dispõem de uma definição claramente estabelecida na literatura médica. Em geral, estas incluem envolvimento de vísceras, com potencial de contaminação, tamanhos maiores que 10 cm, com ou perda de domicílio, e situações mais desafiadoras para correção cirúrgica. Não bastando os riscos de encarceramento e estrangulamento, o desafio técnico que a condução destes pacientes requer é considerável. Há em geral grande deformidade na forma da parede abdominal, e isso altera substancialmente a relação conteúdo-continente da cavidade abdominal, podendo o conteúdo herniário ser até maior que 20% do volume abdominal (simulando até uma segunda cavidade abdominal), o que altera a dinâmica ventilatória, postura, retorno venoso e linfático. No manejo terapêutico destes pacientes, deve-se lançar mão de artifícios técnicos para ou reduzir o conteúdo (ressecções orgânicas), ou aumentar o continente (separação de componentes, toxina botulínica, pneumoperitônio progressivo), já que a redução primária do conteúdo herniário muitas vezes não é possível e pode até resultar em complicações decorrentes do aumento súbito da pressão intra-abdominal (PIA), como a síndrome do compartimento abdominal, que pode ser fatal. O presente trabalho relata um caso de paciente com hérnia ventral complexa abordado no Hospital Federal dos Servidores do Estado, no Rio de Janeiro, em abordagem multidisciplinar entre Cirurgia Geral e Cirurgia Plástica. Trata-se de paciente de 53 anos, com hérnia epigástrica volumosa de cerca de 10 anos de evolução, com perda de domicílio, contendo em seu saco herniário, mais da metade do cólon e boa parte de intestino delgado, apesar de relativamente pequeno anel herniário (aproximadamente 5,7 cm x 7,2 cm). Foi utilizada técnica de pneumoperitônio progressivo, atingindo cerca de 12 litros de ar ambiente em cerca de 13 dias. A intervenção cirúrgica transcorreu sem intercorrências, não sendo necessária ressecção orgânica, e não resultando em aumento de pressão intra-abdominal significativo. Conteúdo herniário reduzido e reforço de parede abdominal com tela sublay, associado a dermolipectomia. Recebeu alta hospitalar no segundo dia pós operatório. Pneumoperitônio progressivo (inicialmente descrito por Goñi Moreno na década de 40 e modificado ao longo das décadas), é procedimento relativamente simples, eficiente, e que ainda deve ser utilizado em casos selecionados de hérnia complexa.}, number={1 S1}, journal={Revista de Saúde}, author={de Abreu, Henrique Viana and Marins, Carlos Augusto Martinez and Gomes, Adriana Coutinho}, year={2017}, month={ago.}, pages={69–70} }