Tabagismo entre estudantes de profissões de saúde: prevalência, conhecimento, atitudes e opiniões

Autores

  • Anderson Cardoso Da Silva
  • Eduardo Ribeiro Teixeira
  • Sebastião Jorge Da Cunha Gonçalves
  • Maria Cristina Almeida De Souza

DOI:

https://doi.org/10.21727/rs.v8i1.863

Resumo

O tabagismo é a principal causa prevenível de mortalidade no mundo. Cabe ao pessoal de saúde empenhar-se para mudar isso, mas sua atuação depende de serem ou não tabagistas e do treinamento recebido. O objetivo deste trabalho foi verificar se a atitude dos estudantes de profissões da saúde é modificada pelo fato de terem hábito de fumar, estimar a prevalência de tabagismo e avaliar opiniões. Trata-se de um estudo transversal com inquérito aplicado a uma amostra aleatória simples de acadêmicos de Medicina, Enfermagem, Odontologia e Farmácia, segundo a metodologia da Pesquisa Mundial sobre Tabagismo em Estudantes de Profissões de Saúde. A análise estatística considerou um valor de p < 0,05 como índice de significância. O questionário foi respondido por 114 estudantes; 65,8% eram do gênero feminino e 72,8% tinham menos de 24 anos. A prevalência de tabagismo foi de 19,3%, estando acima da média nacional, e foi maior no gênero masculino. Quanto às opiniões, destaca-se que para 82,6% dos fumantes, profissionais da saúde (PS) servem de modelo de comportamento, contra 59,1% dos fumantes (p = 0,017); para 97,8% dos não fumantes, os PS devem rotineiramente aconselhar pacientes a parar de fumar, contra 81,8% dos fumantes (p ≤ 0,01). A maioria respondeu que PS devem receber treinamento sobre técnicas de cessação, mas 75,4% afirmam não terem sido treinados. Considerando a alta prevalência de tabagismo e seu impacto sobre a atuação dos futuros profissionais da saúde, conclui-se que deve ser destinada maior atenção ao treinamento dado sobre abandono do uso de tabaco.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

World Health Organization. Report on the global tobacco epidemic, 2013: enforcing bans on tobacco advertising, promotion and sponsorship. Genebra: World Health Organization, 2013.

Lancaster T. et al. Effectiveness of interventions to help people stop smoking: findings from the Cochrane library. British Medical Journal, London, 2000; 321( 7257): 355-358.

Department of Health and Human Services. Public Health Service. Treating Tobacco Use and Dependence: 2008 Update. Rockville: U.S. Department of Health and Human Services, 2008.

Botelho C et al. Tabagismo em universitários de ciências da saúde: prevalência e conhecimento. Jornal Brasileiro de Pneumologia, 2011; v. 37(3):360-366.

Warren CW et al. Tobacco use and cessation couseling among pharmacy students. Journal of Behavioral Health, Ankara, 2013; 2(1): 8-18.

Paceli R et al. Prospective analysis among medical school of University of São Paulo: GHPSS (2008/2011). European Respiratory Journal, Sheffield, 2012; 40(56): 4062.

Center For Disease Control And Prevention. Global Tobacco Surveillance System Data (GTSS Data). Fact Sheets.

Ministério da Saúde. Instituto Nacional do Câncer. A situação do tabagismo no Brasil: Dados dos inquéritos do Sistema Internacional de Vigilância do Tabagismo da Organização Mundial da Saúde realizados no Brasil entre 2002 e 2009. Rio de Janeiro: Instituto Nacional do Câncer, 2011.

Warren CW et al. The GTSS Atlas. Brighton: CDC Foundation, 2009.

Pipe A, Sorensen M, Reide R. Physician smoking status, attitudes toward smoking, and cessation advice to patients: An international survey. Patient Education and Couseling, Philadelphia, 2009;74(1):118-123.

Downloads

Publicado

2017-06-01

Como Citar

Da Silva, A. C., Teixeira, E. R., Da Cunha Gonçalves, S. J., & De Souza, M. C. A. (2017). Tabagismo entre estudantes de profissões de saúde: prevalência, conhecimento, atitudes e opiniões. Revista De Saúde, 8(1), 23–27. https://doi.org/10.21727/rs.v8i1.863

Edição

Seção

Saúde Pública