Perfil clínico e epidemiológico dos pacientes que realizaram cirurgia cardíaca no hospital sul fluminense – HUSF

Autores

  • Cleomara Caldeira
  • A JC Soares

DOI:

https://doi.org/10.21727/rs.v8i1.607

Palavras-chave:

cirurgia cardíaca, perfil epidemiológico, mortalidade, comorbidade

Resumo

A cirurgia cardíaca é um procedimento complexo que exige o conhecimento do perfil clínico e fatores de risco dos pacientes para o desenvolvimento de medidas que diminuam a mortalidade. Foram incluídos 82 prontuários médicos do período de janeiro a dezembro de 2015. A cirurgia mais prevalente foi a de Revascularização do miocárdio - RM (80,48%), seguida de trocas valvares (13,41%), RM associada a troca valvar (3,65%) e correção de comunicação interatrial (2,43%). O gênero masculino foi predominante (75,60%) e a média de idade foi 62,02. Como antecedentes clínicos foi observado que os mais prevalentes foram Hipertensão arterial (93,90%), Diabetes Mellitus (41,46%), dislipidemia (30,48%) e tabagismo (23,17%), outro dado observado foi que 23,17% dos pacientes tiveram IAM nos últimos 90 dias antes da cirurgia. Quanto a procedência o Hospital Universitário Sul Fluminense - HUSF recebeu pacientes de 22 municípios, sendo uma frequência maior do Rio de Janeiro (12,19%), Engenheiro Paulo de Frontim (9,75%) e Paraíba do Sul (9,75%). Os dias de internação hospitalar em média foram de 14,3. Sendo que os pacientes aguardaram em média 5 dias da internação até o procedimento cirúrgico, permaneceram na UTI no pós-operatório em média de 5,9 dias, e em média 3,3 dias na enfermaria após a alta da UTI, totalizando em média 9,3 dias de internação entre a cirurgia e a alta hospitalar, 10 pacientes (12,19%) evoluíram a óbito no pós operatório. Conhecendo o perfil dos pacientes desse hospital permitira ao médico prevenção e auxilio nas decisões, facilitando a alocação de recursos.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

(1) Ramos CG. Aspectos Relevantes da Doença Arterial Coronariana em Candidatos à Cirurgia não Cardíaca. Rev Bras Anestesiol 2010; 60 (6): 662-665.

(2) Stephens SR, Whitman GJR. Prospective critical care of the adult cardiac surgical patient. Part 1: Routine postoperative care. Critical care medicine 2015; 43 (7): 1477-1489.

(3) Soares GMT, Ferreira DCS, Gonçalves MPC, Alves TGS, David FL, Henriques KMC et al. Prevalência das principais complicações pós-operatórias em cirurgias cardíacas. Rev Bras Cardiol, Rio de Janeiro. 2011; 24 (3): 139-146.

(4) Senra DF, Iasech JÁ, Oliveira SA. Pós-operatório em cirurgia cardíaca de adultos. Rev Soc Cardiol 1998; 8 (3): 446-453.

(5) Nashef AM , Roques F, Michel P, Gauducheau E, Lemeshow S,Salamon R. The euroSCORE study group. Risk factors and outcome in European cardiac surgery: Analysis of the EuroSCORE multinational database of 19030 patients. European Journal of Cardio-thoracic Surgery 1999; 16: 13-99.

(6) Guru V, Tu JV, Etchells E, Anderson GM, Naylor CD, Novick JR et al. Realtionship between preventability of death after coronary artery by-pass graft surgery and all-cause risk-adjusted mortality rates. Circulation 2008; 117 (23): 2969-2976.

(7) Ahmed, EO, Butler R, Novick RJ. Failure to-rescue rate as a measure of quality of care in a cardiac surgery recorvery unit: a five-year study. Ann Thorac Surg 2014; 97 (1): 147-152.

(8) Kaufman R, Kuschnir MCC, Xavier RMA, Santos MA, Chaves RBM, Müller RE et al. Perfil epidemiológico na cirurgia de revascularização miocárdica. Rev Bras Cardiol 2011; 24(6): 369-376.

(9) Monteiro GM, Moreira DM. Mortalidade em cirurgias cárdicas em hospital terciário do sul do brasil. International Journal of Cardiovascular Sciences 2015: 28 (3):200-205.

(10) Fernandes MVB, Aliti G, Souza EM. Perfil de pacientes submetidos à cirurgia de revascularização miocárdica: implicações para o cuidado de enfermagem. Rev Eletr Enf 2009;11(4): 993-9.

(11) Ortiz LDN, Schaan CW, Leguisamo CP, Tremarin K, Mattos WLLD, Kalil RAK, et al. Incidência de complicações pulmonares na cirurgia de revascularização do miocárdio. Arq Bras Cardiol 2010; 95(4): 441-7.

(12) Oliveira EL, Westphal GA, Mastroeni MF. Características clínico-demográficas de pacientes submetidos à cirurgia de revascularização do miocárdio e sua relação com a mortalidade. Rev Bras Cir Cardiovasc 2012; 27 (1): 52-60.

(13) Rocha ASC, Pittella FJM, Lorenzo AR, Barzan V, Colafranceschi AS, Brito JOR et al. A idade influencia os desfechos em pacientes com idade igual ou superior a 70 anos submetidos à cirurgia de revascularização miocárdica isolada. Rev Bras Cir Cardiovasc 2012; 27(1): 45-51.

(14) Croal BL, Hillis GS, Gibson PH, Fazal MT, Shafei H, Gibson G et al. Relationship between postoperative cardiac troponin I levels and outcome of cardiac surgery. Circulation 2006; 114(14): 1468-75.

(15) Borges LD, Nina VJS, Lima RO, Costa MAG, Baldez TEP, Santos NP, et al. Características clínicas e demográficas dos pacientes submetidos a Revascularização do Miocárdio em um hospital universitário Rev Pesq Saúde 2013; 14 (3): 171-174.

(16) Tonial R, Moreira MD.Perfil clínico-epidemiológico dos pacientes submetidos à cirurgia de revascularizaçãodo miocárdio no instituto de cardiologia de Santa Catarina, São José - SC Arquivos Catarinenses de Medicina 2011; 40 (4): 171-174

(17) Bianco ACM, Timerman A, Paes AT, Gun C, Ramos RF, Freire RBP, et al. Análise Prospectiva de Risco em Pacientes Submetidos à Cirurgia de Revascularização

Miocárdica. ArqBras de Cardiol 2005, 85: 254-61.

(18) Mesquita ET, Ribeiro A, Araújo MP, Campos LAA ,Fernandes MA, Colafranceschi AS, et al. Indicadores de Qualidade Assistencial na Cirurgia de Revascularização Miocárdica Isolada em Centro Cardiológico Terciário. Arq Bras Cardiol 2008; 90(5): 350-354.

(19) Tatoulis J, Buxton BF, Fuller JA, Royse AG. Total arterial coronary revascularization: techniques and results in 3,220 patients. Ann Thorac Surg 1999; 68(6):2093-9.

(20) Hannan EL, Racz MJ, Jones RH, Gold JP, Ryan TJ, Hafner J-P, et al. Predictors of mortality for patients undergoing cardiac valve replacements in New York State. Ann Thorac Surg 2000;70(4):1212-8.

(21) Bueno RM, Ávila Neto V, Melo RFA. Fatores de risco em operações valvares: análise de 412 casos. Rev Bras Cir Cardiovasc 1997;12(4):348-58.

Downloads

Publicado

2017-06-01

Como Citar

Caldeira, C., & Soares, A. J. (2017). Perfil clínico e epidemiológico dos pacientes que realizaram cirurgia cardíaca no hospital sul fluminense – HUSF. Revista De Saúde, 8(1), 03–07. https://doi.org/10.21727/rs.v8i1.607

Edição

Seção

Medicina