A questão do gênero na consulta ginecológica de enfermagem - Convergências e divergências na prática acadêmica

Autores

  • Tatiane da Silva Oliveira
  • Geísa Sereno Velloso da Silva
  • Carolina Trombini Delvaux Mattos
  • Heber Reis Teixeira de Azevedo

Palavras-chave:

Saúde da Mulher, Gênero, Consulta Ginecológica, Enfermagem

Resumo

Os objetivos deste estudo buscam identificar como os acadêmicos de enfermagem abordam a questão do gênero durante a anamnese na consulta ginecológica. E analisar o cuidado de enfermagem à mulher sob a perspectiva da questão do gênero. A pesquisa é de cunho descritivo e exploratório, com abordagem qualitativa. A amostra do estudo foi composta por 10 alunos do curso de graduação em enfermagem da Universidade Severino Sombra, localizada no interior do estado do Rio de Janeiro, escolhidos aleatoriamente e que aceitaram participar da entrevista. A produção dos dados ocorreu a partir de entrevista despadronizada. Foram identificados os aspectos centrais e relevantes acerca das percepções, abordagem e cuidados de enfermagem sob a perspectiva da questão do gênero. Os resultados apontam que apesar de abordar questões sociais durante a anamnese na consulta ginecológica, 60% dos acadêmicos entrevistados distorcem ou confundem conceitos sobre gênero e que 70% baseiam os cuidados de enfermagem no modelo biomédico, assinalando a urgência de maiores discussões durante a academia sobre o tema.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Aquino, Stela M.L. (2006). Gênero e saúde: perfil e tendências da produção científica no Brasil. Rev. Saúde Pública; 40 (N Esp):121-32.

Barbosa, Elizabeth C. V.; Viana, Lígia de O. (2008). Um olhar sobre a formação do enfermeiro/docente no Brasil. Rev. Enferm. UERJ, Rio de Janeiro, jul/set;16(3):339-4.

Brasil. (1990). Decreto-lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990. Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências. Diário Oficial [da] União, Poder Executivo, Brasília, DF, 20 set. 1990. Título II, Cap. II.

Brasil. (2004). Ministério da Saúde. Política de Atenção Integral à Saúde da Mulher. Plano de Ação 2004 – 2007. Brasília, DF: Editora MS.

Brasil. (2007). Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Política nacional de atenção integral à saúde da mulher: princípios e diretrizes / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Brasília: Editora do Ministério da Saúde.

Brasil. (2004). Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher: princípios e diretrizes/Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas Estratégicas – Brasília: Ministério da Saúde, 2004.

Brasil. (2006). Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Controle dos cânceres do colo do útero e da mama / Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica – Brasília: Ministério da Saúde, 2006.

Coelho, Edméia de A. C. (2005). Gênero, saúde e enfermagem. Rev. bras. Enferm [online], vol.58, n.3, pp. 345-348.

Conceição, JCJ. (2005). Ginecologia Fundamental. 1ª Ed. Rio de Janeiro. Editora Atheneu, 2005.

Cortes, Laura F. et al. (2010). Compreensão de Gênero e suas Manifestações no Cotidiano de um Serviço de Saúde. Vol. 11. Revista Rene Fortaleza.

Diógenes, Maria A. R.; Lenard, Andrea G.; Teixeira, Carla A. B. (2010) Comunicação, acolhimento e educação em saúde na consulta de enfermagem em ginecologia. Revista Rene Fortaleza.

Freitas, Fernando et al. (2011). Rotinas em Ginecologia. Porto Alegre: Artmed.

Koifman, Lílian. (2001). O modelo biomédico e a reformulação do currículo médico da Universidade Federal Fluminense. História, Ciências, Saúde — Manguinhos, vol. VIII (1): 48-70, mar-jun.

Lopes, Gertrudes T.; Clos, Araci C.; Santiago, M. M. de Andrade. (2006). Manual para elaboração de trabalhos acadêmicos. Petrópolis, RJ: EPUB.

Minayo, Maria Cecília. (1998). O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. 5ª Ed. São Paulo: Hucitec, 1998.

PRATES, Cibele De Souza; ABIB, Gilda M. De C.; OLIVEIRA, Dora L. L. C. de. (2008). Poder de Gênero, Pobreza e Anticoncepção: vivências de multíparas. Rev. Gaúcha Enferm. Porto Alegre (RS) dez; 29 (4): 604-11.

Silva, Edna L. Da; Menezes, Estera M. (2001). Metodologia da pesquisa e elaboração de dissertação. 3ª ed. Rev. Atual. Florianópolis: Laboratório de Ensino a Distância da UFSC.

Soares, Lenir H. Pinelli, Francisca Das G. S.; Abrão, Ana C. F. De V. (2005). Construção de um instrumento de coleta de dados de enfermagem em ginecologia. Acta Paul Enferm.;18(2):156-64.

Souza, Ana Célia Caetano de et al. (2006). Formação do Enfermeiro Para o Cuidado: Reflexões da Prática Profissional. Rev. bras. enferm. [online], vol.59, n.6, pp 805-807.

Downloads

Publicado

2016-12-07