Isolamento de bactérias de úlceras por pressão de pacientes internados em hospital universitário

Autores

  • Andrezza Maria Côrtes Thomé Universidade do Estado do Rio de Janeiro
  • Neila Lilyane da Silva Gomes Francisco Universidade Severino Sombra
  • Jayson Patrick Batalha do Val Amaral Universidade Severino Sombra
  • Lidiane Castro Soares Universidade Severino Sombra
  • Eduardo Tavares Lima Trajano Universidade Severino Sombra

Palavras-chave:

Bactéria, Infecção, Úlcera por Pressão.

Resumo

Introdução: Diante da constante em úlceras por pressão, o conhecimento das principais bactérias causadoras desta se faz necessário na prevenção e tratamento das mesmas. Materiais & Métodos: A coleta foi realizada através de swab estéril. As amostras foram classificadas como infectadas através de Leitura de Absorbância (≥ 0.080). Foi realizado caracterização de bacilos Gram-negativos e cocos Gram-positivos através de testes bioquímicos. O perfil de suscetibilidade antimicrobiana foi determinado por teste de disco difusão em Agar Müller Hinton. Resultados: Crescimento bacteriano foi encontrado em 22 das 26 amostras coletadas, todas (100%) classificadas como infectadas. Os microrganismos isolados incluem Pantoea agglomerans 59%, Salmonella sp. 5%, Citrobacter freundii 9%, Proteus vulgaris 14%; Staphylocococus spp. coagulase-negativo 9% e 5% de Micrococcus. As amostras apresentaram elevado nível de resistência aos agentes antimicrobianos. Discussão: A presença de bactérias pertencentes à família Enterobacteriaceae, como a P. agglomerans, pode ser explicado pelo fato da infecção ser iniciada a partir da colonização da pele frágil, com bactérias oriundas do trato urinário ou digestivo, visto maior incidência de úlcera por pressão na região sacral. Considerações Finais: A infecção destas feridas e o elevado nível de resistência aos antibióticos, podem aumentar significativamente o índice de morbidade e mortalidade em ambiente intra-hospitalar.

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Publicado

2018-06-04