Aspectos Ecdóticos da Carta de Caminha

Autores

  • Gladiston Silva Universidade Federal Fluminense

DOI:

https://doi.org/10.21727/rm.v11i2.1924

Resumo

O presente trabalho busca apresentar alguns fundamentos da disciplina ecdótica no tratamento dos textos, principalmente textos antigos que passaram por diversas transformações e acabaram perdendo a sua originalidade. Desta feita, quando nos deparamos com a Carta de Caminha nos livros didáticos destinados aos alunos do ensino básico, verificamos que houve um tratamento em relação ao texto visando possibilitar ao aluno uma compreensão mais clara das informações passadas por Pero Vaz de Caminha ao Rei de Portugal, entretanto, essa maior clareza no texto, significa uma adequação da língua falada no Brasil quinhentista com a língua falada no Brasil em sua contemporaneidade. Em face disso, várias são as mudanças apresentadas no texto original que acabam mostrando a transformação da própria língua portuguesa. Neste artigo, nos valemos da Carta original de Caminha arquivada na Torre do Tombo em Portugal e também da transcrição diplomática, da mesma forma arquivada na Torre do Tombo, bem como da transcrição crítica atualizada realizada pela Biblioteca Nacional do Brasil. Para que o trabalho não ficasse muito extenso, em face do tamanho da Carta do “Achamento” e das inúmeras mudanças ocorridas para realizar a sua atualização, optou-se aqui por analisar apenas o início da carta, abrindo a possibilidade para que outros interessados prossigam nesse estudo.

Palavras-Chave: Carta de Caminha; Transcrição; Ecdótica.

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Publicado

12/02/2020

Edição

Seção

Artigos de Demanda Contínua