Atuação do psicólogo em transplantes: características e vicissitudes

Autores

  • Emiliane Mara da Silva Costa Universidade de Vassouras
  • Fátima Niemeyer da Rocha Universidade de Vassouras

DOI:

https://doi.org/10.21727/rm.v10i1Sup.1792

Resumo

Diante do aparecimento de uma doença crônica, surge a possibilidade de realização de um transplante como possibilidade de cura para o paciente, o que provoca um sentimento de alívio e esperança; no entanto, no Brasil, enfrenta-se a grande dificuldade de captação dos órgãos por meio da doação. Muitas famílias ainda se recusam, por diversos fatores, a doar os órgãos dos seus entes queridos. O preparo psicológico para o transplante é necessário, porque as reações são as mais diversas possíveis e dependem da significação que o paciente dá ao órgão substituído, das suas experiências pregressas, do preparo para adaptar-se às novas condições de vida, do conhecimento real ou fantasioso do que está acontecendo, dentre outras variáveis. Cabe ao psicólogo que atua no âmbito da equipe de transplantes favorecer uma percepção holística do paciente, promover os recursos necessários para o enfrentamento das situações de crise que o paciente e sua família irão enfrentar e melhorar a adesão ao tratamento.

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Biografia do Autor

Emiliane Mara da Silva Costa, Universidade de Vassouras

Psicóloga, Aluna do Curso de Pós-Graduação Lato Sensu Especialização em Psicologia Hospitalar e da Saúde, Universidade de Vassouras

Fátima Niemeyer da Rocha, Universidade de Vassouras

Possui doutorado em Psicologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro-RJ, mestrado em História pela Universidade Severino Sombra, Vassouras-RJ, especialização em Psicologia Social pela Fundação Getúlio Vargas/Rio de Janeiro-RJ, e graduação em Psicologia pelo Centro de Ensino Superior de Juiz de Fora-MG. Atualmente, é professora titular e exerce a função de Coordenadora Adjunta da Pós-Graduação Lato Sensu, da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, na Universidade de Vassouras. Tem experiência docente nos níveis de graduação e de pós-graduação, com desenvolvimento de pesquisas na área de Psicologia, com ênfase em Psicologia Social, principalmente, nos seguintes temas: psicologia positiva, qualidade de vida, bem-estar subjetivo e felicidade.

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Publicado

10/23/2019

Edição

Seção

Primeiros Escritos