De qual África e de qual negro fala a escola?

Autores

  • Úrsula Pinto Lopes de Farias

Palavras-chave:

Anos iniciais, Lei 10.639/2003, Colonialidade,

Resumo

O presente trabalho é fruto de uma pesquisa no município de Belford Roxo-RJ, referente à educação e às relações étnico-raciais. Nosso objetivo é analisar o posicionamento dos docentes dos anos iniciais do ensino fundamental, em relação às questões étnico-raciais, conforme sinaliza a Lei n.º 10.639/2003. Entendemos que a constituição de marcos legais representa, à luz do movimento social, uma importante conquista, e é evidente que o texto da lei, por si só, não representa a “promoção automática” das práticas pedagógicas segundo sentido requerido pela legislação, assim, a escola constitui-se um campo de disputas epistemológicas. Essas disputas foram analisadas sob o referencial teórico de uma rede de autores, majoritariamente pesquisadores latino-americanos, cujos trabalhos discutem a Modernidade/Colonialidade, discutindo a perspectiva eurocêntrica e a colonialidade, que afirmam estar tão presente no cotidiano escolar. A esse debate acrescentaremos as relações com a perspectiva pós-crítica de currículo, discutidas por Tadeu Silva.

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Referências

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Publicado

2016-11-30